sábado, 31 de janeiro de 2015

OS AUTORES BRASILEIROS DE TERROR

A Literatura Fantástica Brasileira, no que se refere ao gênero TERROR tem vários ícones no mundo, dentre eles podemos citar H. P Lovecraft, Clive Barker, William Peter Blatty, dentre outros, mas o mais conhecido e reverenciado na atualidade é o escritor Stephen King.
No Brasil, André Vianco se mostrou o mais qualificado para o título de ícone Brasileiro do gênero terror, apesar de ainda ser desconhecido por grande parte dos leitores brasileiros. Mas recentemente, surgiram outros candidatos ao título, tais como Eduardo Sporh e Raphael Dracon, mas nenhum dos três apresenta em sua literatura a diversidade de temas como o mestre King.
Mas o Brasil só possui esses três representantes dignos de serem mencionados? É claro que não. A nova leva de escritores é grande e apesar da qualidade de suas obras serem questionáveis, alguns nomes se destacam pela qualidade de suas obras, mesmo não conseguindo sair das trevas da obscuridade que os cercam. Se não fosse o preconceito da maioria dos leitores no que se refere ao produto literário nacional e a grande quantidade de porcaria que é publicada nessa área, certamente esses formidáveis autores já estariam ampliando a lista de ícones nacionais da literatura de terror.


No ano de 2008, sete desses formidáveis autores foram reunidos pela GIZ EDITORIAL, através de contos publicados na obra AMOR VAMPIRO, que se tornou um Best Seller da editora e um marco na Literatura Fantástica Brasileira.
Diante disso, resolvemos citar aqui 10 autores consagrados do gênero, pertencente a “idade das trevas” de nossa Literatura Fantástica – Terror, ou seja, aqueles de antes de Amor Vampiro, e 10 autores (se é que vamos conseguir) da nova safra, classificados como “ícones” ou “grandes promessas". Cada mês publicaremos uma matéria sobre um deles com o máximo de informações possíveis. Como tal escolha é muito pessoal, a listá em questão se baseará na contribuição dada por eles à Literatura Fantástica Brasileira, a originalidade de suas obras, a quantidade de publicações (não vamos querer colocar “aventureiros” em tal time) e qualidade das obras.
A primeira Lista dos 10 autores de terror, ou seja, aqueles publicados até 2008, selecionados por nós, em ordem alfabética, é: 

1-    Adriano Siqueira
2-    Andre Vianco
3-    Eric Novello
4-    Flávia Muniz
5-    Giulia Moon
6-    J. Modesto
7-    M. D. Amado
8-    Martha Argel
9-    Nelson Magrini
10- Rubens Francisco Lucchetti 

Até o próximo mês, com o primeiro escritor: MARTHA ARGEL.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

SERES FANTÁSTICOS - EXU (ORIXÁS)

 

NOME ORIGINAL: Èsù (iorubá), significa “esfera”
PAÍS: Vários países do continente africano e Brasil.

CARACTERISTICAS: Exu é um orixá africano, também conhecido como: Esu, Eshu, Bará, Ibarabo, Legbá, Elegbara, Eleggua, Akésan, Igèlù, Yangí, Ònan, Lállú, Tiriri, Ijèlú. Algumas cidades onde se cultua o Exu são: Ondo, Ilesa, Ijebu, Abeokuta, Ekiti e Lagos. É representado de muitas formas. No Brasil, no sincretismo religioso é representado por Santo Antonio.

HISTÓRICO: Exu é o orixá da comunicação. É o guardião das aldeias, cidades, casas e do axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano. Exu é o orixá do movimento. Ele é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun (o mundo espiritual) e o Aiye (o mundo material) seja plenamente realizada.
     Na África na época da colonização européia, o Exu foi sincretizado erroneamente com o diabo cristão pelos colonizadores, devido ao seu estilo irreverente, brincalhão e à forma como é representado no culto africano. Por ser provocador, indecente, astucioso e sensual, é comumente confundido com a figura de Satanás, o que é um equívoco, de acordo com a construção teológica iorubá, posto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do mal.
    Mesmo porque, nessa religião, não existem diabos ou entidades encarregadas única e exclusivamente de coisas ruins, como ocorre no cristianismo, segundo o qual tudo o que acontece de errado é culpa de um único ser que foi expulso por Deus. Na mitologia ioruba, porém, assim como no candomblé, cada uma das entidades (Orixás) tem sua porção positiva e negativa assim como o próprio ser humano.
 

     De caráter irascível, Exu se satisfaz em provocar disputas e trazer calamidades para as pessoas que estão em falta com ele. No entanto, como tudo no universo possui de um modo geral dois lados, positivo e negativo, Exu também funciona de forma positiva quando é bem tratado. Daí ser Exu considerado o mais humano dos orixás, pois o seu caráter lembra o do ser humano, que é, de um modo geral, mutante em suas ações e atitudes.
     Conta-se na Nigéria que Exu teria sido um dos companheiros de Oduduà quando da sua chegada a Ifé e chamava-se Èsù Obasin. Mais tarde, tornou-se um dos assistentes de Orunmilá e ainda rei de Ketu, sob o nome de Èsù Alákétú. A palavra elegbara significa "aquele que é possuidor do poder" (agbará) e está ligada à figura de Exu.
     Um dos cargos de Exu na Nigéria, mais precisamente em Oyó, é denominado Èsù Àkeró ou Àkesán, que significa "chefe de uma missão", pois este cargo tem como objetivo supervisionar as atividades do mercado do rei. Exu praticamente não possui ewós (ou quizilas) e aceita quase tudo o que lhe oferecem.
     Os iorubás cultuam Exu em um pedaço de pedra porosa chamada Yangi, ou fazem um montículo grotescamente modelado na forma humana com olhos, nariz e boca feita de búzios. Ou ainda representam Exu em uma estatueta enfeitada com fileiras de búzios tendo em suas mãos pequeninas cabaças onde ele, Exu, carrega diversos pós de elementais da terra usados de forma bem precisa em seus trabalhos.
     Exu tem a capacidade de ser o mais sutil e astuto de todos os orixás. E quando as pessoas estão em falta com ele, simplesmente provoca mal entendidos e discussões entre elas e prepara-lhes inúmeras armadilhas. Diz um orìkì que: "Exu é capaz de carregar o óleo que comprou no mercado numa simples peneira sem que este óleo se derrame".
     E assim é Exu, o orixá que faz o erro virar acerto e o acerto virar erro. Èsù Alákétú possui essa denominação quando Exu, por meio de uma artimanha, conseguiu ser o rei da região, tornando-se um dos reis de Ketu. Sendo que as comunidades dessa nação no Brasil o reverenciam também com este nome. Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas atividades. Atividades múltiplas que o fazem estar em todos os lugares: a terra, pó, a poeira vinda dos lugares onde ele atuará. Ali estão depositados como elemento de força diante dos pedidos.
 

     No Brasil, mais precisamente na umbanda, Exu é um dos mais importantes orixás e sempre é o primeiro a receber as oferendas, as cantigas e as rezas: é saudado antes de todos os orixás, antes de qualquer cerimônia ou evento. O Exu orixá não incorpora em ninguém para dar consultas como fazem os exus de umbanda, eles são assentados na entrada das casas de candomblé como guardiões, e em toda casa de candomblé há um quarto para Exu, sempre separado dos outros orixás, onde ficam todos os assentamentos dos exus da casa e dos filhos de santo que tenham Exu assentado.
     É astucioso, vaidoso, culto e dono de grande sabedoria, grande conhecedor da natureza humana e dos assuntos mundanos daí a assimilação com o diabo pelos primeiros missionários que, assustados, dele fizeram o símbolo da maldade e do ódio. Exu reage favoravelmente quando tratado convenientemente, identificado no jogo do merindilogun pelo odu okaran.
     Exu recebe diversos nomes, de acordo com a função que exerce ou com suas qualidades: Elegbá ou Elegbará, Bará ou Ibará, Alaketu, Agbô, Odara, Akessan, Lalu, Ijelu (aquele que rege o nascimento e o crescimento de tudo o que existe), Ibarabo, Yangi, Baraketu (guardião das porteiras), Lonan (guardião dos caminhos), Iná (reverenciado na cerimônia do padê).
     A segunda-feira é o dia da semana consagrado a Exu. Suas cores são o vermelho e o preto; seu símbolo é o ogó (bastão com cabaças que representa o falo); suas contas e cores são o preto e o vermelho; as oferendas são bodes e galos, pretos de preferência, e aguardente, acompanhado de comidas feitas no azeite de dendê. Aconselha-se nunca lhe oferecer certo tipo de azeite, o Adí, por ser extraído do caroço e não da polpa do dendê e portar a violência e a cólera. Sua saudação é "Larôye!" que significa o bem falante e comunicador.
     Consiste o padê em um prato de farofa amarela, acaçá, azeite-de-dendê e uma quartinha de água ou cachaça, que são "arriados" para Exu.
     Na nação de angola ou candomblé de Angola, Exu recebe o nome de Aluvaiá, Pambu Njila e Legbá, no candomblé jeje.
    Não deve ser confundido com a entidade Exu de Umbanda. Os exus de umbanda são entidades de pessoas desencarnadas que, por motivos de evolução espiritual, retornaram à terra para cumprir essa missão junto ao seus seguidores. Essas entidades são confundidas com esu ou exu do candomblé devido à proximidade que Exu tem com os homens. Entretanto, não são considerados orixás como o Exu, e sim entidades espirituais em evolução. Não se deve confundi-los com quiumbas - conhecedores das vontades de homens e mulheres no plano terrestre, onde viveram em épocas diferentes, com os mesmos problemas, desejos e sonhos.
     Em Cuba, é chamado de Elegua, Elegguá ou Eleggua. É uma das deidades da religião ioruba. Na santería, é sincretizado com o Santo Niño de Atocha ou com Santo Antônio de Pádua. É o porteiro de todos os caminhos, da montanha e da savana, é o primeiro dos quatro guerreiros junto a Oggun, Osun e Oshosi.
     Tem 201 caminhos, suas cores são o vermelho e o preto e seus números são 3 e 7. É o comunicador e Ifá lhe deu quatro búzios para falar com ele. Ele está presente no início da vida e na hora da morte.
    No vodu haitiano, é chamado de Papa Legba e Legbá Petró, Maitre Carrefour("dono da encruzilhada"). É o intermediário entre o loa e a humanidade. Ele está em uma encruzilhada espiritual e dá (ou nega) permissão para falar com os espíritos de Guinee, e acredita-se que fale todos os idiomas humanos. Ele é sempre o primeiro e o último espírito invocado em qualquer cerimônia.
    Na República Dominicana, é cultuado como Vodun Legba, e, em Trinidad e Tobago, como Eshu.

FATOS REAIS: Seus praticantes costumam fazer-lhe oferendas para que levem seus pedidos aos Orixás. Tais oferendas ou “trabalhos” são, geralmente, encontrados em encruzinhadas e entroncamentos.


 TELEVISÃO E CINEMA: Alguns filmes que tem no enredo o envolvimento de Exu, em suas diversas formas.
      - Besouro (Brasil – 2009)
      - A boca do mundo – Exu no Candomblé (Documentário – Brasil – 2011).
 

SAIBA MAIS: Algumas fontes para pesquisa.
     - Livro de Exu: O mistério revelado – Autor: Rubens Saraceni
     - Exu, Pomba-Gira e Seus Axés – Autor: Evandro Mendonça.
     - Sou Exu, Eu sou a Luz... – Autor: Joice Piacente.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

HOMEM-FORMIGA (HENRY PYM)

 

NOME ORIGINAL: ANTMAN
PAÍS: Estados Unidos da América
CRIADOR(ES): Stan Lee e Jack Kirby
DATA DA CRIAÇÃO:  1962

PRINCIPAIS INIMIGOS: Attuma, Cabeça de Ovo e Camarada X.

PODERES:
 - Capacidade de alteração de tamanho, no caso, encolher, mantendo a força-física de seu tamanho normal.
-  Capacidade de controlar e se comunicar com insetos, principalmente as formigas, através de seu "capacete cibernético".

FRAQUEZAS: Sem informação

HISTÓRICO DO PERSONAGEM: Henry Pym é considerado um dos maiores cientistas do Universo Marvel. Ele foi o inventor das "partículas Pym", um produto que altera o tamanho dos seres vivos, pretendendo beneficiar a Humanidade. Mas, ao ser ridicularizado pela comunidade científica, começou a usar nele mesmo, logo após a morte da sua primeira esposa, a húngara Maria Trovaya, quando escapava da polícia secreta da Hungria. Depois conheceu a srta. Janet van Dyne (que mais tarde se tornaria a Vespa e sua segunda mulher). Como Homem-Formiga, ele enfrentaria vários vilões tais como Attuma, Cabeça de Ovo e Camarada X.
     Já foi capaz de penetrar e curar o corpo do Visão, em aventuras com os Vingadores. As constantes mudanças de Pym revelaram que sofria de problemas mentais, dentre eles um complexo de inferioridade em relação a sua esposa Janet, e esses distúrbios causaram problemas para os Vingadores, sendo talvez o mais grave a criação do robô Ultron, que quase destruiu a Costa Oeste e quis acabar por diversas vezes com o mundo, mas foi impedido pelos Vingadores. Pym acabou por deixar o uniforme de Homem-Formiga para Scott Lang, que assim se tornou o segundo a adotar esse nome.
     Deve ser o maior "encolhedor" da Marvel, superando o Gênio, da extinta Tropa Gama e o mutante Miúdo.
     Na Guerra Civil, Pym foi um dos primeiros a se alistar no governo. É um dos maiores idealistas, ao lado do Homem de Ferro e do Sr. Fantástico. Ele, em uma das primeiras batalhas, encarou o Dr. Bill Foster, antes dele ser morto pelas mãos do clone do Thor.
     Após o término da Guerra Civil, Pym se tornou o Diretor da Iniciativa dos 50 Estados, comandando ao lado do Máquina de Combate o Campo Hammond em Stanford para treinar e preparar para o Governo Americano todos aqueles que possuíam super-poderes.
     Foi revelado ao final da Invasão Secreta, que Pym era na verdade uma alienígena Skrull disfarçado. E que o projeto Iniciativa não passava de um plano dos Skrulls para plantarem um agente super-skrull em cada equipe norte-americana, sendo que o verdadeiro Pym havia sido capturado logo após a queda dos Vingadores e substituído, até a batalha final da Invasão Secreta.
     Após a morte de Janet van Dyne (uma das conseqüências da Invasão Skrull), Hank deixou de lado suas identidades heróicas anteriores e passou a combater o mal com o codinome O Vespa, adaptando seus poderes em homenagem à sua mulher.
 
O HERÓI NA MÍDIA: A primeira aventura do Homem-Formiga aconteceu na revista  Tales to Astonish número 27 (janeiro de 1962), quando numa estória que deveria ser única, mas viria a participar de outras estorias da mesma revista, agora usando um uniforme de Super-herói e o codinome de Homem-Formiga. Participou de algumas animações de Os Vingadores, também como seu outro alter ego Golias. Também aperece em alguns Games d’Os Vingadores.


ALGUNS FILMES, ANIMAÇÕES E SERIADOS: 

Animações:
- Os Vingadores: Os Mais poderosos Heróis da Terra – 52 episódios (2010-2012)

Seriados:
-      Não tem

Filmes:
       - Homem-Formiga – Previsão para 2015.  

Video games:
- Lego Marvel Super Heroi – TT Games (2013)

Veja a seguir o Trailer do Filme da Marvel do Homem-Hormiga.




sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

LIVRO POLÊMICO NO BRASIL EM BREVE

 
Na semana em que ocorrem atos terroristas em Paris, onde homens encapuzados atacaram o jornal satírico Charlie Hebdo, com (fuzis) Kalashnikovs e 20 pessoas ficam feridas, recebemos a notícia de que um livro de “ficção”, que trata do assunto e causa polêmica naquele país, será lançado no Brasil pela editora Alfaguara, com o título Submissão.
Submissão, o mais novo livro do francês Michel Houellebecq vem causando furor na França desde o final da semana. A obra tem como pano de fundo um França comandada, num futuro muito próximo, por um partido mulçumano.

O livro começou a ser vendido ontem (08/01/2015), nas livrarias francesas, ao mesmo tempo em que a edição semanal do Charlie Hebdo, o mesmo jornal atacado pelos terroristas, chegava às bancas, tendo na capa uma charge sobre o controverso escritor e seu lançamento polêmico.
A ficção se passa no ano de 2022 e, para combater a Frente Nacional, de extrema direita, dois partidos tradicionais, o Partido Socialista e a conservadora UMP, se juntam na criação de um partido mulçumano e seu líder, o fictício Mohamed Bem Abbes, se tornará o presidente da República. Esse é basicamente o enredo do romance que tem como protagonista um professor de literatura.
Por causa de Soumission, Houellebecq foi acusado de islamofóbico e de racista. Em entrevista, disse não conhecer romance algum que tenha mudado o rumo da história, que ele não estava tomando partido e que é pouco factível que o que imaginou se torne realidade – embora acredite no triunfo de Marine Le Pen em 2017. O jornal de esquerda Libération disse que ele dava respaldo intelectual à Frente Nacional e seu discurso sobre imigração.
Houellebecq, que anos atrás chegou a chamar o islamismo de “babaca”, comentou ter mudado de ideia após ler o alcorão. À agência EFE, ele disse que “a conclusão mais evidente é que os jihadistas são maus muçulmanos” e que “em principio, a guerra santa não esta autorizada. Só é válida a pregação”.

Michel Houellebecq


Autor de O Mapa e o Território (Record), vencedor , em 2010, do Prêmio Goncourt, e Extensão do Domínio da Luta (Sulina), entre outros, o francês quase veio ao Brasil duas vezes para participar da Festa Literária Internacional de Paraty- FLIP, mas nas duas vezes cancelou a viagem.
 
Fonte: Jornal “O Estado de São Paulo (09/01/15)