quarta-feira, 13 de março de 2013

OZ - Mágico e Poderoso




 Diferente do que possa levar a pensar, Oz: Mágico e Poderoso não é uma sequência de O Mágico de Oz, nem sequer um remake, mas sim um preview. A história se passa antes daquela onde Dorothy, Totó, o Espantalho, o Leão e o Homem de Lata passeiam pela estrada de tijolos amarelos.
O Mágico de Oz é um filme adorado e venerado até hoje. Adultos e crianças assistem e reassistem ao filme.  Diante disso, o diretor Sam Raimi teve a ideia de nos apresentar uma explicação de como o Mágico de Oz se tornou “O Mágico de Oz”
No início da década de 1900, Oscar (James Franco) é um mágico canastrão de um circo falido que está passando pelo Kansas. Mulherengo e fugindo de um marido traído, o mágico acaba sendo levado com seu balão para o mundo fantástico de Oz. Ali conhece Theodora (Mila Kunis) que se apresenta como uma bruxa boa e se apaixona por ele. A bruxa o leva para conhecer sua irmã, Evanora (Rachel Weisz. Ambas acreditam que ele é o mágico das profecias que salvará a terra das maldades da bruxa má Glinda (Michelle Williams). A trama se desenvolve e novos personagens aparecem. Destaque especial para o macaquinho voador Finley e a pequenina menina de porcelana, que roubam a cena em vários momentos.
Outro fato interessante é o de que os autores “duplicam” suas atuações entre o Kansas (mundo real) e Oz. Michelle Williams é uma suposta namorada do mágico do circo, mas também é a bruxa Glinda em Oz. Zack Braff é o assistente de palco que em Oz é o macaquinho voador, seu ajudante. Joey King é uma menina deficiente que pede que o mágico a faça voltar a andar e na terra mágica é a boneca de porcelana encontrada com as pernas quebradas e consertadas pelo mágico. Isso já aconteceu em O Mágico de Oz, onde atores estavam presentes no Kansas e em Oz, duplicando seus papeis em formatos diferentes. Podemos pensar então que Oz é uma terra de sonhos onde pessoas assumem outras “formas”, mas mantêm sua personalidade e essência.
Contudo, o mais importante no meu ponto de vista é atentar para como o filme se comunica com o clássico, construindo o mito do Mágico, que será explorado na película rodada anteriormente. Tudo leva ao ápice que prepara o ambiente para que O Mágico de Oz aconteça, deixando o terreno pronto para que Dorothy visite a terra mágica. Uma história ágil, com efeitos espetaculares, que se torna vibrante e divertida. Grata surpresa nesse período que a moda é recontar contos de fábulas com o mínimo ou nenhuma qualidade. Recomendado.

Resenhado por: L. H. Hoffmann

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